terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Victor Hugo - O maior poeta da história



Victor Hugo (1802-1885) é uma referência pra mim. Foi um ser humano exemplar, além de poeta dos melhores que já existiu. Engajado na luta pelos direitos humanos, ele foi exilado da França por atacar diretamente o governo. Se preocupava de verdade com os miseráveis e fazia questão de escrever livros que dissertassem sobre a problemática deles. Chegava ao ponto de exigir que suas obras fossem publicadas em livros de bolso - já que esse formato era mais barato - para que as camadas mais populares tivessem acesso ao que ele pensava e dizia e pudessem lutar por seus direitos.

Aí vai um trecho de "Liberté", meu poema predileto:

Liberté !

De quel droit mettez-vous des oiseaux dans des cages ?

De quel droit ôtez-vous ces chanteurs aux bocages,
Aux sources, à l'aurore, à la nuée, aux vents ?
De quel droit volez-vous la vie à ces vivants ?
Homme, crois-tu que Dieu, ce père, fasse naître
L'aile pour l'accrocher au clou de ta fenêtre ?
Ne peux-tu vivre heureux et content sans cela ?
Qu'est-ce qu'ils ont donc fait tous ces innocents-là
Pour être au bagne avec leur nid et leur femelle ?

Qui sait comment leur sort à notre sort se mêle ?
Qui sait si le verdier qu'on dérobe aux rameaux,
Qui sait si le malheur qu'on fait aux animaux
Et si la servitude inutile des bêtes
Ne se résolvent pas en Nérons sur nos têtes ?
Qui sait si le carcan ne sort pas des licous ?
Oh! de nos actions qui sait les contre-coups,
Et quels noirs croisements ont au fond du mystère
Tant de choses qu'on fait en riant sur la terre ?
Quand vous cadenassez sous un réseau de fer
Tous ces buveurs d'azur faits pour s'enivrer d'air,
Tous ces nageurs charmants de la lumière bleue,
Chardonneret, pinson, moineau franc, hochequeue,
Croyez-vous que le bec sanglant des passereaux
Ne touche pas à l'homme en heurtant ces barreaux ?

Prenez garde à la sombre équité. Prenez garde !
Partout où pleure et crie un captif, Dieu regarde.
Ne comprenez-vous pas que vous êtes méchants ?
À tous ces enfermés donnez la clef des champs !
Aux champs les rossignols, aux champs les hirondelles ;
Les âmes expieront tout ce qu'on fait aux ailes.
La balance invisible a deux plateaux obscurs.
Prenez garde aux cachots dont vous ornez vos murs !
Du treillage aux fils d'or naissent les noires grilles ;
La volière sinistre est mère des bastilles.
Respect aux doux passants des airs, des prés, des eaux !
Toute la liberté qu'on prend à des oiseaux
Le destin juste et dur la reprend à des hommes.
Nous avons des tyrans parce que nous en sommes.
Tu veux être libre, homme ? et de quel droit, ayant
Chez toi le détenu, ce témoin effrayant ?
Ce qu'on croit sans défense est défendu par l'ombre.
Toute l'immensité sur ce pauvre oiseau sombre
Se penche, et te dévoue à l'expiation.
Je t'admire, oppresseur, criant: oppression !
Le sort te tient pendant que ta démence brave
Ce forçat qui sur toi jette une ombre d'esclave
Et la cage qui pend au seuil de ta maison
Vit, chante, et fait sortir de terre la prison.


Só pra deixar claro, quando Victor Hugo fala de pássaros presos em jaulas, ele usa uma metáfora para o aprisionamento de seres humanos. Ele fala da desvalorização da liberdade humana e critica o governo.

Desculpa não tr tradução. Mas eu acho que se perde muito do poema com essa prática.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Lady GaGa é 2009


Não teve pra ninguém, Lady GaGa foi, sem dúvida, a artista definitiva do ano de 2009! Michael Jackson, #Twitter, Sarney, Flamengo, Jesus Luz, Lua Nova, H1N1, Air France, Barack Obama e Rio de Janeiro bem que tentaram, mas não conseguiram ficar 365 dias nos holofotes como a cantora nova-iorquina de 23 anos que conquistou o mundo com seu jeito excêntrico e inovador de ser. Ela foi notícia em jornais de respeito e capa de revistas conceituadas de moda e música, para citar só alguns exemplos ela estampou as capas de Elle, Rolling Stone e Out.

Lady GaGa libertou a música pop da mesmice e da obvialidade. Mostrou que veio pra ficar. E não sou apenas eu que falo isso, até porque minha visão é suspeita, já que me encontro na posição de fã do trabalho e da personalidade dela. Madonna, Weezar, Marilyn Manson, Kanye West, Beyoncé, Cyndi Lauper, Wanessa Camargo... Foram muitos os que a elogiaram ou trabalharam com ela, ou ainda - apenas para reiterar- foram muitos os que fizeram covers de suas músicas e os que foram a seus shows e - sem querer ser muito babão - não foram poucos os que citaram ela como sendo "princesa", "duquesa" e até mesmo "nova rainha" do pop.

De fato, Lady GaGa não só fascinou aos meros mortais como nós, mas também a inúmeros artistas do meio musical e intelectual. Até os que se empenham em fazer críticas infundadas à artista já se deliciaram ao ouvi-la cantar "Po-po-po-poker face,Po-po-po-poker face".

Pra terminar, - hoje não quero me estender (até porque GaGa dispensa apresentações e delongas)- só queria falar da última celebridade que se encantou com Lady GaGa. Foi a Rainha da Inglaterra, Elizabeth II. GaGa foi bastante cordial e se curvou na presença da Monarca.



Madonna - Foi no show de GaGa, no mesmo dia apareceu por lá Cyndi Lauper. Depois falou que ficou lisonjeada por ter sido comparada à artista. Mais tarde as duas se encontraram, por acaso, em um evento de moda e ficaram tão amigas a ponto de toparem particpar de uma brincadeira juntas no Sartuday Night Live.



Weezar - Fez cover do hit Poker Face.

Beyoncé - Chamou GaGa para partcipar de seu novo álbum, dividindo os vocais na música "Video Phone". Depois, GaGa retribuiu a gentileza e a chamou para cantar junto com ela a faixa "Telephone" de seu mais novo álbum "The Fame Monster".

Marilyn Manson - Assim como na música "Paparazzi", Marilyn Manson insistiu tanto para fazer uma parceria com Lady GaGa que teve seu pedido atendido por sua gravadora (que é a mesma dela). Eles gravaram juntos (isso mesmo! No mesmo estúdio) um remix para "LoveGame", lançado no single "loveGame - The Remixes".

Ah, é tanta gente que se cruzou com GaGa esse ano que é difícil falar de todos eles numa postagem só.

Só queria dizer que, se Madonna e Cyndi Lauper (as duas divas do pop nos anos 80) foram ao show de GaGa no mesmo dia sem ter combinado nada, é, no mínimo, um fato que nos faz ver a grandeza dessa nova artista.

Que venha 2010, Germanotta estará pronta para ser notícia nos próximos 365 dias!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quarteto Fantástico



Quero pintar as paredes de aquarela
Pretendo mudar de clientela
Pode ser de cor preta ou amarela
Pergunto-me se agradará a ela

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

X A U





Ensina-me a conter minhas lágrimas
Elas não compõem mais rimas
Mas ensine-me com cantos líricos
Escolha os mais ricos

Porém...

Não ligue os alto-falantes
Eles estouram meus ouvidos


Queria ser homem pra te dar segurança
Mas sou um menino
Cheio de esperança
Nem sempre agrado o feminino

Portanto...

Ensina-me, és professora
Não corra, não corra, não corra!

Não se vá sem dizer tchau
Não quero ser deportado
Quero subir cada degrau
Pois meu lugar é ao seu lado

Poema escrito por Anderson Pereira

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Perfeição
















Acho que é algo que nunca atingiremos.

Você pode até tentar ser bom, mas nunca será perfeito. Sempre vão achar um defeito em ti, te pôr uma tag, deduzir algo através das suas claras ou obscuras palavras. Ou seja, ninguém nunca está satisfeito contigo.

Outra coisa que as pessoas não enxergam é o esforço. Você pode se esforçar bastante, mas se não for no tempo delas é tarde demais.

Mais uma coisa que as pessoas não suportam é ver que você está se dedicando ou buscando uma coisa que elas julgam não ser adequada pra você.

Falo isso porque as pessoas estão sempre preocupadas em dizer onde eu erro, porque eu erro, o que eu deveria fazer, o que eu deveria sentir, o que eu deveria comer, que horas devo chorar, parar de chorar e em que tom devo fazê-lo.

Isso me incomoda. Tudo o que eu quero é amar todas as pessoas do mundo. Mesmo que elas me odeiem. Mas interditar as coisas que sinto na hora que elas querem é muito difícil. Nesse sentido estou bem longe da perfeição. Porque as pessoas não vêem o amor como eu vejo. Eu sonho demais, estou sempre no mundo das idéias. Não consigo me adaptar, portanto todos acham que por eu não ter uma postura igual a deles eu sou imaturo.

Sou imaturo por reagir de uma forma anti-convencional, ou seja, diferente do que as outras pessoas consideram o normal.

Sei que muita gente já parou de ler o texto. Porque textos muito grandes incomodam. Mas isso não interessa. Se só uma pessoa se preocupar em ler isso e com essa leitura fizer algo útil, já estarei satisfeito. Porque não me importo com a quantidade, mas sim com a qualidade.

Isso também incomoda as pessoas, elas pensam em números... E eu penso em conhecimento, em logos! Para elas vale mais o que se tem no bolso e não o que se esconde abaixo do couro cabeludo.

Não me acho um bom homem, pelo menos não sou o homem ideal para a sociedade.
Tenho manias e costumes que incomodam, além de idéias polêmicas. Talvez eu traga isso no meu próprio semblante, porque as pessoas olham pra mim e já tem uma reação, quase sempre adversa. Eu sofro preconceito pelo jeito que me visto, pelo jeito emotivo, pela maneira poética que encaro as coisas, pela maneira como me expresso (quase sempre uso palavras que as pessoas desconhecem, mas eu não faço intencionalmente), por odiar o sistema, as regras e as leis e tentar mudá-los, por gostar de rock, por não ter preconceito contra os homossexuais, etc... Além desses tem uns que eu queria me deter mais:

Eu não como carne... As pessoas ficam tentando achar explicações que justifiquem o porquê desta prática. Mesmo eu dizendo que é para preservar a vida dos animais, acham que é porque eu fiz promessa pra voltar pra minha namorada.

Eu não desisto, eu sempre insisto. As pessoas não gostam disso. Mas eu acho que quando queremos algo, temos que lutar por isso. E se desistirmos no primeiro não, poderemos estar perdendo oportunidades. Às vezes minhas insistências tem conseqüências catastróficas. Mas, na maioria das vezes, eu consigo o que eu queria. As pessoas odeiam que eu sonhe, que eu tenha objetivos.

Eu choro muito. Sou a pessoa que mais chora que eu conheço. Se algo me fere não consigo conter as lágrimas. Mas até elas são mal compreendidas. O que eu fico pensando quando pedem pra eu parar de chorar é que pensam que eu tenho um botão automático capaz de controlar meus olhos e interditá-los de executar a prática da tristeza. Também não choro por qualquer besteira, pode até ser besteira aos olhos da pessoa que me vir chorando. Mas é muito fácil achar que não há motivo pra chorar quando você está vendo alguém chorar e naquele momento não tem motivos pra chorar. Meu objetivo com as lágrimas não é comover ninguém. E se você quer um propósito para entender o porquê de minhas lágrimas, tente pensar que é porque é a única maneira que eu tenho de me comunicar com a minha própria tristeza.

Acho o sexo a coisa mais normal, natural e necessária do mundo. Pra mim é difícil uma vida sem sexo, sem carinho carnal. Acho que as pessoas devem se amar, isso é o que importa. Numa prática sexual para mim, tudo é permitido. As pessoas precisam desse momento de prazer e não há nada de errado e nojento nisso.

Eu poderia falar um monte de coisa que as pessoas abominam em mim. Mas eu prefiro acreditar no que realmente sou. Não acho que seja perfeito. Queria que as pessoas vissem o que há de errado com elas primeiro para poder ver o que há de errado em mim depois. Mas é impossível. Eu sou o "Cowboy fora da lei" que Raul Seixas canta.

Pra terminar, uma frase dele: "Quando acabar o maluco sou eu."

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Camisa de botão








Amanhã

Não vejo a hora de te reencontrar

Será manhã

Tenho uma outra camisa

Mais botões pra você desabotoar


Amanhã

Tenho palavras para soletrar

Será manhã

Minha sacerdotisa,

Há outra canção que devemos entoar


De dois em dois botões

Um novo carinho

O peito agora encontra-se despido

Os músculos executam flexões

As mãos encontram seu caminho


A seqüencia das ações

compõem um torvelinho

O corpo não é mais insípido

E não contem as suas erupções

Ao chão a camisa de linho





P.S.: Não há nada mais prazeroso do que ter os botões da sua blusa sendo descontinuados por uma mulher.

Este poema versa sobre esse prazer indescritível que eu tentei tornar descritível.



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Esperança

















A esperança é como o vento
Ela toca a minha pele com alento
Me convence de sua existência
Mas esvai-se com sapiência
Como retê-la dentro de mim?
Será ela um órgão, como um rim?
Não é difícil concluir que não
Ela até passa pelo pulmão
É o ar que expurgamos
à medida que respiramos
Do corpo logo desencarna
Ah, se ela fosse sarna!
Nunca me abandonaria
Daí não precisaria
Prendê-la dentro de um frasco
Já bem perto do fiasco
afrouxo a tampa da esperança
Que, em fuga, compõe sua dança
Aquela que imita a ventania
Um samba que é cheio de harmonia
E como veneno adentra o peito
Partindo sem nenhum respeito
Até deixar limpo o recinto
Sem se importar com o que sinto
De mim, mortal sonhador, ficou o resto
E essa especiaria não vendo, nem empresto

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Palestra Vegan





















Seguindo a linha de publicar aqui qualquer postagem que diga respeito ao que penso, gostaria de comunicar que no dia 27 de outubro (terça-feira) das 19:30 às 22:00 ocorrerá a seguinte palestra:

DIREITO DOS ANIMAIS E VEGANISMO



Acontecerá na UFPB
Conjunto Humanístico
Auditório CCHLA 411

Bloco 4 Castelo Branco

João Pessoa - PB

Assistam, vale à pena.

Além da palestra terá também a exibição de um documentário, com a ativista mineira Adriana Cristina.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Lettres





















Je suis perdu
dans les lettres de mon coeur
Vernaculaire qui n'existe pas

Je suis perdu
Sans amour et sans couleur
Quand elle reviendra?

Anderson Pereira

domingo, 4 de outubro de 2009

Fenômeno


Quando o sentimento se chama calor

Quero teu beijo

Se o instinto é maior do que o pudor

Apenas te desejo

Água, fogo, gelo e brasa

Neve, incêndio, enchente e seca

Não consigo mais ficar em casa

Em teus fenômenos queres qu’eu me perca?

Luxúria deve ser teu codinome

Preciso sentir tua boca doce

Pois sem tua saliva sinto fome

Queria acompanhar-te aonde quer que fosse


Anderson Pereira

sábado, 3 de outubro de 2009

Sonhos Sentidos




















Lembro da doçura de teus lábios
Tocando os meus com sutileza
Como o fogo que queima a lenha

O calor de teus raios
Bronzeia meu corpo com destreza
E não preciso dizer: venha!

Pois em meu sono te vejo toda
Como a lua que deixa a noite colorida
És o zéfiro que me arrepia

E antes que o sol diga bom dia,
Tornando difícil a hora da partida,
Acordo com o seu gosto na boca

Por Anderson Pereira

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O FIM PARA UM NOVO COMEÇO















Para que se comece é necessário que se termine antes de "empezar". Adoro essa palavra espanhola, porque me induz a pensar que você vai com o pé e depois com o corpo todo (loucura minha, os professores de espanhol vão me matar!). E aqui ela ainda me ajuda a não usar mais uma vez alguma palavra derivada de "começar" ou a própria (quer dizer, empediria, caso não tivesse acabado de usá-la). Como ia falando, é muito bom chegar no fim. É o ápice. Mas, às vezes, ele pode ser desastroso, causando dor e sofrimento. Por isso temos que ser sábios ao desenhar nosso "meio" para que seu desfecho seja elegante ("elegante" aqui não é o que você está pensando, simplório leitor - pense na palavra como algo bem estruturado). Mais um período da minha vida tá passando. Foram oito meses até aqui (nove, na verdade - sou ruim de matemática). É necessário mudar, por isso estou "em obras". Sempre é tempo de descobrir mais, criar outros "fins", planejar outros meios, pôr o pé no recomeço ("EMPEZAR" o/). Por isso que, às vezes, o fim não só é necessário, como delicioso. E eu vou comê-lo com carambolas (de preferência, bem azêdas - do jeito que gosto)!
O término das coisas te proporciona o começo de algo novo. Por isso, me atrevo a dizer que ele não é estanque, ele está lá, dentro de você, esperando para construir um novo começo e concluir mais um desfecho. Por falar em concluir, gostaria de fazê-lo. Mas, como fazer isso com um texto que já é concluso (confuso também) por natureza? Dois questionamentos devem ser feitos antes de finalmente finalizar o fim do desfecho dessas minhas redundâncias ovais:

1 - Será que eu entendi mesmo o que é "fim"?
2 - Se a assertiva acima não se confirma, caberá a alguém ou poderá este mesmo indivíduo explicar-me o que minha ignorância me impediu de enxergar?

Bem, o que eu sei é que nosso protagonista de hoje é tão relativo quanto o tempo e igualmente destrutivo e ao mesmo tempo construtivo. E mais não digo para que nosso herói não se desgaste a ponto de sucumbir (que é bem diferente se "finir"). E este texto não acaba aqui, nem alí e muito menos acolá.

...

Anderson Pereira

sábado, 15 de agosto de 2009

DESEJO















Queria poder fugir e ao mar jogar
Todos os documentos,
Sem ressentimentos

Se a gaivota aceitasse trocar
Pernas por asas
Iria conhecer as marés altas

Poderia ver a poeira chegar
Sem espirrar
Ao encontrar minha terra de malta

Queria, sem sucumbir
Sentir o calor me destruir
Com o fogo que mata

Anderson Pereira

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Alfabetizando a poesia

















ALFABETIZANDO A POESIA


Se alguém te perguntar o que é poesia, não se assuste. Eis 26 significados práticos e (IM)POSSÍVEIS, porém divertidos do que ela poderia ser ou representar se tivesse o seu primeiro grafema trocado:
1 - Aoesia (quando tentamos subjetivá-la colocando um artigo na frente, "A poesia");
2 - Boesia (quando ela é boa mesmo);
3 - Coesia(se ela for coerente);
4 - Doesia (quando tem dor, porque sem o sofrimento não há a perda e sem ela, não há lirismo);
5 - Eoesia (uma poesia com estilo);
6 - Foesia (se for francesa);
7 - Goesia (a que causa gozo);
8 - Hoesia (a poesia de hoje em dia);
9 - Ioesia (quando ela é "idiota");
10 - Joesia (uma poesia de Soares);
11 - Koesia (caso a poesia aceitasse assinar o Acordo Ortográfico);
12 - Loesia (a "love" poetry);
13 - Moesia (se for escrita por um poeta modesto);
14 - Noesia (às vezes - para alguns, quase sempre - ela dá um "nó" na sua cabeça);
15 - O.oesia (se você for necessário pôr um emoticon nela);
16 - Poesia (a poesia em si);
17 - Qoesia (quando você conhece a poesia e não sabe "quem" a escreveu, o famoso anônimo);
18 - Roesia (quando a traça roe);
19 - Soesia (quando a poesia é plagiada, tem uma sosia);
20 - Toesia (quando ela é comprida tal qual uma toesa);
21 - Uoesia (se for utópica);
22 - Voesia (uma poesia feita pelos nossos avós);
23 - Woesia (se a poesia for anglo-germânica, já que inglês e alemão têm inúmeros vocábulos iniciados pela consoante "w");
24 - Xoesia (seria o nome dado a alguma poesia que Xuxa escrevesse);
25 - Yoesia (se for em espanhol);
26 - Zoesia (quando é sobre o mundo animal);


Olha a que ponto vai o meu amor pela poesia... É tão grande que fica me fazendo buscar significados que (in)existem. Depois desta exposição, vou escrever um Poema para Moema!

Anderson Pereira

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Como tornar a Literatura ainda mais prazerosa?














Antes de fazer a reflexão de "hoje", gostaria de comunicar aos meus leitores (se é que tenho) que as postagens aqui no Blog serão quinzenais. Ou seja, não será a reflexão de hoje, e sim a dos últimos quinze dias.
Hoje gostaria de falar um pouco sobre literatura. O que é bastante difícil, porque é algo que não tem definição. Mas, meu texto se distancia de artigos acadêmicos complexos.
A primeira característica que me faz amar a literatura é porque ela é o reflexo das práticas sociais de um povo. É só lembrar dos gregos, dos índios e outros povos que, por meio de mitos, iam construindo a sua própria história. Estes são exemplos de literatura falada que foram importantes para a constituição, inclusive, de nossa sociedade ocidental. Muitas de nossas leis, muitos de nossos costumes e demais saberes são advindos daí.
O que eu queria falar hoje é bem simples, muitos professores de literatura não entendem que não adianta entrar numa sala de aula e dizer, por exemplo: "La Fontaine foi um moralista que escrevia fábulas inspirado na obra de Esopo (em grego Αἴσωπος, transl. Aisōpos)." Por que ao invés disso o professor não entra na sala tentando extrair tudo o que seu aluno já sabe sobre o tema que vai debater? Eu perguntaria primeiro aos alunos o que eles sabem sobre La Fontaine, dependendo do contexto do público-alvo poderia até pedir que fizessem uma pesquisa na internet ou em uma biblioteca sobre o autor, sua obra, quem o influenciou, etc. A partir do que eles dissessem eu iria completar a fala deles com o que faltou ser dito ou que poderia ser complementado. Isso se chama Approche Communicatif, vem da Lingüística (isso mesmo, Lingüística e literatura podem, sim, se dar bem juntinhas).
Digo isto porque na quarta passada apresentei o romance Madame Bovary de Gustave Flaubert. Foi um sucesso. Isso porque eu preparei a apresentação sempre refletindo em como eu iria encaixar os meus ouvintes no meu discurso. Eu queria que eles realmente entendessem quem foi Emma Bovary para a sua época e o que representa para a literatura ocidental, a nota era lucro.
Dividi a apresentação em quatro momentos.

1 - Comecei perguntando a eles quem, na opinião deles seria Madame Bovary, assim como o que eles pensavam que ela poderia representar no século XIX para a sociedade francesa (esqueci de dizer que são alunos de letras do quinto período da UFPB, preparei a apresentação tendo isto em mente - o público-alvo). Tudo que eles disseram foi sendo escrito no quadro negro. Essas informações foram guardadas, por enquanto;

2 - Escolhi um vídeo que tivesse um link com as possíveis opininiões dos alunos. Foi uma cena do filme Pecados Íntimos, onde seis mulheres debatiam a posição da personagem principal do romance de Flaubert e as escolhas dela. Algumas das coisas que foram debatidas no vídeo estavam expostas no quadro.

3 - A terceira etapa foi discutir o vídeo e as opiniões de cada um. Lembrando que, em literatura não existe opiniões erradas, e sim opiniões mais adequadas. Já que tudo que for dito tem que ser provado por meio da leitura crítica. Portanto, todas as opiniões foram bem aproveitadas. Eu fui explicando cada uma delas e os alunos iam dialogando comigo.

4 - Para concluir meus penamentos, e até alguns pensamentos levantados pelos ouvintes, usei passagens do livro escolhidas por mim e que foram lidas por eles. Cada um leu duas passagens. À medida que líamos comentávamos o que aquilo representava.

No final, eles já tinham entendido muito bem o porquê da traição em Flaubert, o porquê do fim trágico da obra e outros pontos centrais importantes, imprecindíveis para a compreensão do romance. Tudo por causa da abordagem escolhida.
Fico triste de ainda freqüentar aulas de literatura que me dão sono. Já que essa é a minha disciplina predileta. Principalmente a literatura francesa.
Espero não ter falado muita besteira, sou só um aprendiz ainda, mas sei mais ou menos que caminho seguir para fazer com que a literatura conquiste cada vez mais "lares". Muitos professores traumatizam seus alunos por não escolherem a abordagem correta. Espero que isso um dia mude. Lembrando que não existe receita de bolo para ensinar literatura, você tem que aprender a conhecer o seu aluno e saber que tipo de abordagem será melhor em tal turma.
Bem, é isso!!!

Au Revoir,

Anderson Pereira

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Será cesto ou sexto?








Hoje em dia as coisas neste mundo nojento estão cada vez mais descartáveis. O cesto de lixo... ou será sexto de lixo?(deduzo que seja este último, porque até ele já não é mais o primeiro. As pessoas tem outros meios de descarte)Bem, mudemos a forma correta de escrever por uma mais adequada. O "sexto" de lixo parece ser o objeto mais conveniente para as pessoas. O passado, de tão obsoleto, deve ser evacuado e o presente superado. Já o futuro, esse deve ser alcançado o mais rápido possível! É uma pena que os de coração fraco pensem assim! E é mais penoso ainda que eles influenciem a pessoas como você e eu, principalmente eu. Eu que descartei o "cesto" e resgatei o "sexto" mesmo antes do primeiro e do seu amigo segundo, do terceiro, do quarto e até do quinto! Por puro capricho semântico, se é que isso existe!
Espero que essa tenha sido uma boa reflexão. Ah, não poderia deixar de lembrá-lo, caro leitor: não esqueça de dar a descarga depois de ler.


Anderson Pereira

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Avant-première















Essa é a minha estréia por aqui. Espero ser bom o bastante para poder ser lido. Ou, pelo menos, ruim o bastante para ser bem criticado!


Anderson Pereira

Que estilos de texto você prefere ler?