sexta-feira, 31 de julho de 2009

Como tornar a Literatura ainda mais prazerosa?














Antes de fazer a reflexão de "hoje", gostaria de comunicar aos meus leitores (se é que tenho) que as postagens aqui no Blog serão quinzenais. Ou seja, não será a reflexão de hoje, e sim a dos últimos quinze dias.
Hoje gostaria de falar um pouco sobre literatura. O que é bastante difícil, porque é algo que não tem definição. Mas, meu texto se distancia de artigos acadêmicos complexos.
A primeira característica que me faz amar a literatura é porque ela é o reflexo das práticas sociais de um povo. É só lembrar dos gregos, dos índios e outros povos que, por meio de mitos, iam construindo a sua própria história. Estes são exemplos de literatura falada que foram importantes para a constituição, inclusive, de nossa sociedade ocidental. Muitas de nossas leis, muitos de nossos costumes e demais saberes são advindos daí.
O que eu queria falar hoje é bem simples, muitos professores de literatura não entendem que não adianta entrar numa sala de aula e dizer, por exemplo: "La Fontaine foi um moralista que escrevia fábulas inspirado na obra de Esopo (em grego Αἴσωπος, transl. Aisōpos)." Por que ao invés disso o professor não entra na sala tentando extrair tudo o que seu aluno já sabe sobre o tema que vai debater? Eu perguntaria primeiro aos alunos o que eles sabem sobre La Fontaine, dependendo do contexto do público-alvo poderia até pedir que fizessem uma pesquisa na internet ou em uma biblioteca sobre o autor, sua obra, quem o influenciou, etc. A partir do que eles dissessem eu iria completar a fala deles com o que faltou ser dito ou que poderia ser complementado. Isso se chama Approche Communicatif, vem da Lingüística (isso mesmo, Lingüística e literatura podem, sim, se dar bem juntinhas).
Digo isto porque na quarta passada apresentei o romance Madame Bovary de Gustave Flaubert. Foi um sucesso. Isso porque eu preparei a apresentação sempre refletindo em como eu iria encaixar os meus ouvintes no meu discurso. Eu queria que eles realmente entendessem quem foi Emma Bovary para a sua época e o que representa para a literatura ocidental, a nota era lucro.
Dividi a apresentação em quatro momentos.

1 - Comecei perguntando a eles quem, na opinião deles seria Madame Bovary, assim como o que eles pensavam que ela poderia representar no século XIX para a sociedade francesa (esqueci de dizer que são alunos de letras do quinto período da UFPB, preparei a apresentação tendo isto em mente - o público-alvo). Tudo que eles disseram foi sendo escrito no quadro negro. Essas informações foram guardadas, por enquanto;

2 - Escolhi um vídeo que tivesse um link com as possíveis opininiões dos alunos. Foi uma cena do filme Pecados Íntimos, onde seis mulheres debatiam a posição da personagem principal do romance de Flaubert e as escolhas dela. Algumas das coisas que foram debatidas no vídeo estavam expostas no quadro.

3 - A terceira etapa foi discutir o vídeo e as opiniões de cada um. Lembrando que, em literatura não existe opiniões erradas, e sim opiniões mais adequadas. Já que tudo que for dito tem que ser provado por meio da leitura crítica. Portanto, todas as opiniões foram bem aproveitadas. Eu fui explicando cada uma delas e os alunos iam dialogando comigo.

4 - Para concluir meus penamentos, e até alguns pensamentos levantados pelos ouvintes, usei passagens do livro escolhidas por mim e que foram lidas por eles. Cada um leu duas passagens. À medida que líamos comentávamos o que aquilo representava.

No final, eles já tinham entendido muito bem o porquê da traição em Flaubert, o porquê do fim trágico da obra e outros pontos centrais importantes, imprecindíveis para a compreensão do romance. Tudo por causa da abordagem escolhida.
Fico triste de ainda freqüentar aulas de literatura que me dão sono. Já que essa é a minha disciplina predileta. Principalmente a literatura francesa.
Espero não ter falado muita besteira, sou só um aprendiz ainda, mas sei mais ou menos que caminho seguir para fazer com que a literatura conquiste cada vez mais "lares". Muitos professores traumatizam seus alunos por não escolherem a abordagem correta. Espero que isso um dia mude. Lembrando que não existe receita de bolo para ensinar literatura, você tem que aprender a conhecer o seu aluno e saber que tipo de abordagem será melhor em tal turma.
Bem, é isso!!!

Au Revoir,

Anderson Pereira

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Será cesto ou sexto?








Hoje em dia as coisas neste mundo nojento estão cada vez mais descartáveis. O cesto de lixo... ou será sexto de lixo?(deduzo que seja este último, porque até ele já não é mais o primeiro. As pessoas tem outros meios de descarte)Bem, mudemos a forma correta de escrever por uma mais adequada. O "sexto" de lixo parece ser o objeto mais conveniente para as pessoas. O passado, de tão obsoleto, deve ser evacuado e o presente superado. Já o futuro, esse deve ser alcançado o mais rápido possível! É uma pena que os de coração fraco pensem assim! E é mais penoso ainda que eles influenciem a pessoas como você e eu, principalmente eu. Eu que descartei o "cesto" e resgatei o "sexto" mesmo antes do primeiro e do seu amigo segundo, do terceiro, do quarto e até do quinto! Por puro capricho semântico, se é que isso existe!
Espero que essa tenha sido uma boa reflexão. Ah, não poderia deixar de lembrá-lo, caro leitor: não esqueça de dar a descarga depois de ler.


Anderson Pereira

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Avant-première















Essa é a minha estréia por aqui. Espero ser bom o bastante para poder ser lido. Ou, pelo menos, ruim o bastante para ser bem criticado!


Anderson Pereira

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