
Para que se comece é necessário que se termine antes de "empezar". Adoro essa palavra espanhola, porque me induz a pensar que você vai com o pé e depois com o corpo todo (loucura minha, os professores de espanhol vão me matar!). E aqui ela ainda me ajuda a não usar mais uma vez alguma palavra derivada de "começar" ou a própria (quer dizer, empediria, caso não tivesse acabado de usá-la). Como ia falando, é muito bom chegar no fim. É o ápice. Mas, às vezes, ele pode ser desastroso, causando dor e sofrimento. Por isso temos que ser sábios ao desenhar nosso "meio" para que seu desfecho seja elegante ("elegante" aqui não é o que você está pensando, simplório leitor - pense na palavra como algo bem estruturado). Mais um período da minha vida tá passando. Foram oito meses até aqui (nove, na verdade - sou ruim de matemática). É necessário mudar, por isso estou "em obras". Sempre é tempo de descobrir mais, criar outros "fins", planejar outros meios, pôr o pé no recomeço ("EMPEZAR" o/). Por isso que, às vezes, o fim não só é necessário, como delicioso. E eu vou comê-lo com carambolas (de preferência, bem azêdas - do jeito que gosto)!
O término das coisas te proporciona o começo de algo novo. Por isso, me atrevo a dizer que ele não é estanque, ele está lá, dentro de você, esperando para construir um novo começo e concluir mais um desfecho. Por falar em concluir, gostaria de fazê-lo. Mas, como fazer isso com um texto que já é concluso (confuso também) por natureza? Dois questionamentos devem ser feitos antes de finalmente finalizar o fim do desfecho dessas minhas redundâncias ovais:
1 - Será que eu entendi mesmo o que é "fim"?
2 - Se a assertiva acima não se confirma, caberá a alguém ou poderá este mesmo indivíduo explicar-me o que minha ignorância me impediu de enxergar?
Bem, o que eu sei é que nosso protagonista de hoje é tão relativo quanto o tempo e igualmente destrutivo e ao mesmo tempo construtivo. E mais não digo para que nosso herói não se desgaste a ponto de sucumbir (que é bem diferente se "finir"). E este texto não acaba aqui, nem alí e muito menos acolá.
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Anderson Pereira